A liturgia parlamentar vai além da observância das normas regimentais que regem os trabalhos legislativos. Ela traduz o compromisso ético, social e institucional dos deputados e senadores com a dignidade do mandato que exercem e com a preservação da credibilidade das Casas Legislativas perante a sociedade.
Nesse sentido, a liturgia exige que o comportamento dos parlamentares seja pautado pela urbanidade, pelo respeito mútuo e pelo compromisso com o interesse público, mesmo diante de divergências ideológicas e partidárias. O debate democrático pressupõe racionalidade e reconhecimento da legitimidade do contraditório, afastando manifestações ofensivas ou que possam comprometer a imagem do Parlamento.
A liturgia também se expressa na apresentação pessoal dos representantes eleitos. O uso de indumentária inadequada como óculos escuros em ambientes fechados, chapéus no plenário, bandeiras enroladas ao corpo, broches ou adereços que ostentem armas, caveiras ou símbolos que remetam a ideologias antidemocráticas fere o decoro e desrespeita a solenidade que deve caracterizar o exercício do mandato. A vestimenta, nesse contexto, não se reduz a mera estética, é símbolo de respeito à instituição e à liturgia democrática.
Assim, zelar pela liturgia parlamentar significa resguardar a autoridade moral da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A sobriedade na postura e na paramentação, somada ao comportamento ético nos debates e na construção de nossas Leis, constitui pilar indispensável para o fortalecimento da democracia representativa e para a legitimidade da atuação parlamentar.
Em suma, é muito triste ver indivíduos eleitos por pessoas que epidemicamente deram votos equivocados e sem qualquer ideia de onde estavam colocando sua representação.
Lamentáveis tais cidadãos com direito ao voto direto incluir ao Parlamento tantos homens e mulheres incapacitados para exercer um cargo legislativo de tanta importância. Esses eleitores, no próximo ano, terão a possibilidade de se redimir e eleger homens e mulheres que detenham um mínimo de conhecimento político, pessoas de caráter, respeito à Democracia e ao seu eleitor.
PROCURA-SE! O pai de nossa Constituição Cidadã de 1988, Ulysses Guimarães. Quem o encontrar que o apresente urgentemente ao Congresso Nacional.
ANTONIO CARLOS MORAD
MORAD ADVOCACIA EMPRESARIAL