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13 de maio de 2024 | Morad

Afinal, o que é a legítima defesa?

Afinal, o que é a legítima defesa?

Entenda este princípio do direito que permite o uso da força em casos específicos

A legítima defesa é um princípio do direito que permite a alguém usar uma quantidade razoável de força para se proteger de uma iminente ameaça à sua vida ou integridade física, ou para proteger terceiros nessas mesmas circunstâncias. Para entender um pouco melhor do que se trata este princípio legal, podemos analisar algumas considerações sobre a legítima defesa.

Um dos pontos mais importantes sobre este princípio é a existência de uma ameaça iminente: a legítima defesa só pode ser invocada quando há uma ameaça iminente e real à vida ou à integridade física da pessoa ou de terceiros envolvida. Isso significa que o cidadão pode agir apenas em resposta a uma ameaça imediata e não deve usar a legítima defesa como justificativa para ações tomadas em resposta à ameaça futuras, hipotética ou meramente provocações.

A proporcionalidade da resposta também deve ser observada com muita atenção. A força usada em legítima defesa deve ser proporcional à ameaça enfrentada. Isso determina que alguém só pode usar a quantidade mínima de força necessária para neutralizar a ameaça. Por exemplo, se alguém que estiver sendo atacado com as mãos, responder com uma arma de fogo, pode ser considerado desproporcional, a menos que a agressão seja de tal gravidade que justifique o uso de uma arma.

A legislação brasileira também pressupõe que a pessoa que se defende aja com razão e discernimento. Portanto, a pessoa deve estar ciente do perigo iminente e agir de forma apropriada e razoável para se proteger a si mesma ou a terceiros. A defesa automática ou irracional, desprovida de discernimento, pode não ser considerada legítima defesa.

Para que seja válida a ação em legítima defesa, deve-se observar também a retirada e proporção de reação. Em algumas jurisdições, a pessoa pode ter a obrigação de recuar ou tentar evitar o confronto antes de recorrer à legítima defesa. Além disso, a proporção da reação é considerada, ou seja, se a pessoa foi atacada com uma força moderada, ela não pode responder com uma força letal, a menos que sua própria vida esteja em perigo iminente. Para resumir, a legítima defesa é um princípio legal fundamental que permite que as pessoas se protejam contra ameaças iminentes à sua vida ou integridade física, desde que ajam de forma proporcional e razoável em resposta à ameaça percebida.

Finalmente, o excesso na legítima defesa pode ter consequências legais, incluindo a possibilidade de que a pessoa responda criminalmente por eventual homicídio ou lesões corporais, caso a reação seja considerada desproporcional ou irracional. No entanto, em alguns sistemas jurídicos, o excesso na legítima defesa pode resultar em uma redução da responsabilidade penal, especialmente se for considerado que a pessoa agiu sob forte influência do medo.

 

Texto: Greicy Borges

Edição: Dora Scobar

 

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