Famílias empresárias ou Empresas Familiares, contribuem fortemente para a riqueza das nações. Entre suas vantagens destacam-se: maior propensão a empreender, investimentos de longo prazo, lealdade aos resultados, decisões rápidas, resiliência e vínculos fortes. Todavia, algumas de suas desvantagens, tais como: Investimentos compulsórios e de difícil realização em liquidez, excessiva informalidade, conflito de prioridade de interesses, miopia às mudanças de mercado e disputas passionais de poder, às tem levado a se extinguirem em poucos anos após sua criação.
Neste contexto, é indiscutível a importância da Governança nas empresas familiares, pois as desvantagens em geral são suplantadas por processos e estruturas de Governança, enquanto que as vantagens, potencializadas, solidificam e perpetuam a empresa.
Observamos ainda que para promover o equilíbrio entre a tríade Família, Sociedade e Empresa, necessariamente, a implantação da Governança, deverá ser feita sob a ótica de equipes multidisciplinares, composta por profissionais de diferentes abordagens, que estruturarem suas ações nos âmbitos da psicologia organizacional, sociologia, Direito, Contabilidade, Administração e Economia.
A implantação da Governança de forma integrada, potencializa as convergências em torno da família e da empresa. Isto acelera o processo, evita rupturas desnecessárias e consequentemente, gera maior valorização para os negócios familiares.
Assim, situações do tipo: ceder às necessidades da família ou priorizar as oportunidades do negócio, deixam de ser um dilema, quando os interesses são alinhados pela finalidade de preservar e otimizar o valor da organização.
Lúcia Helena da Silva
Conselheira de Administração – Certificada pelo IBGC
Área de Governança Corporativa do Escritório Morad Advocacia Empresarial.