Uma empresa familiar quando constituída, certamente começará por seus fundadores, podendo ser, casais, amigos ou indivíduos com afinidades técnicas e profissionais.Ao longo do tempo essas sociedades se transformam por uma força óbvia, a vida e seu tempo determinado. Essas empresas, a partir de então, terão seus destinos traçados com variáveis distintas detendo formatos diversos, isto é, a administração dessas empresas será exercida pelos herdeiros dos sócios fundadores, podendo ser eles, jovens inexperientes, profissionais de outras áreas alheias ao objeto do negócio em questão, pessoas que nunca atuaram como empresários, entre outras variáveis.
Segundo John A. Davis existem círculos de poder nas empresas familiares. Vejamos uma breve explicação do Prof. Alexandre Di Miceli sobre um dos tantos exemplos citados por aquele celebre Autor:
Modelo mais conhecido para entendimento das empresas familiares é denominada modelo de três círculos. Esse modelo, criado por Davis et al. (1997), parte do pressuposto de que as esferas de gestão, propriedade e família se encontram sobrepostas no inicio de qualquer empreendimento familiar, com todas concentradas na figura de uma única pessoa.
Ainda de acordo com o modelo, à medida que a empresa cresce e passa pelas transições de gerações, as relações de poder, influência e interesses se tornam diferentes, contribuindo para um afastamento gradual das esferas da família, gestão e propriedade do negócio. (…)
O conflito poderá acontecer de forma prematura, quando do inicio da gestão compartilhada entre parentes herdeiros ou, ao longo de uma gestão familiar onde certamente haverá oposições de interesses que não são incomuns.
A Governança Corporativa no âmbito familiar atenuará sobremaneira tais fatores, gerando
qualidade de gestão e equilíbrio para a estrutura da empresa.
Antonio Carlos Morad